(Foto: Reprodução) Natal bate recorde de calor em SP
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Em São Paulo, o Natal bateu recorde de calor. Foi o dia de dezembro mais quente em 64 anos.
34° e o Parque Augusta, no centro de São Paulo, ganha ares de praia paulistana.
"Gosto de conversar com as pessoas, ver gente, é muito gostoso", diz Marcinha Ducorinto, atriz.
Na sombra, uma rede para descansar. No sol, um livro para ler e se proteger.
"Estou conseguindo ler, a prosa é difícil, mas é bem interessante e está dando para pegar uma cor, para quem é do Rio de Janeiro, pegar uma cor em São Paulo é bem diferente", afirma Tom Queirós, autônomo.
A falta de praia não foi problema para a criançada que descobriu o chafariz no Parque da Independência.
“Uma delícia, a gente estava passando de carro, eu vi, falei vamos parar porque tá muito calor, eles estão se divertindo. A gente está fazendo um acordo já, já passou uns 30 minutos, e eles: 'mais cinco, mais cinco'".
O calor nesta quinta-feira (25) em São Paulo chegou a um nível histórico: 35,9°. É a maior temperatura registrada pelo Instituto Nacional de Meteorologia na capital paulista no mês de dezembro, desde 1961. Por isso, todo refresco é bem-vindo.
"Hoje está tudo liberado, final de contas um verão desses... melhor que ficar dentro de um apartamento, fechado, é poder vir ao ar livre, brincar, se divertir, brincar com água, então é gostoso, faz bem", comenta Jeferson Santos, administrador.
Mas calor e água podem ser também motivo de preocupação. O nível das represas que abastecem a região metropolitana de São Paulo está abaixo de 30%. E hoje caiu ainda mais. A alta temperatura em todo o estado, nesta semana, provocou um aumento de consumo de água até 60%, de acordo com a Sabesp. Por isso, segundo a empresa, a pressão está menor e o abastecimento não chega a todos os lugares.
Alguns bairros da Grande São Paulo passaram o Natal sem água.
"A gente levantou cedo abrindo as torneiras com a esperança que ia ter água e não teve", comenta uma moradora.
No litoral de São Paulo, a temperatura hoje ficou 5° acima da média de dezembro. E sem registro de chuva — o que aumentou a sensação de calor.
"Eu vim para cá para me molhar e me refrescar. Está um dia quente, mas tá um dia bom, né? Pra ficar numa prainha assim, né? Nossa, não tem coisa melhor", conta Luís Gustavo Pilon, mecânico.